1.2- Relatório com análise das fileiras automóvel, matérias, matérias primas e comércio.
No âmbito da Atividade 1 – Análise da realidade nacional e mapeamento inicial sobre o estado digital das PME Portuguesas, nomeadamente:
Tarefa 1.2-Análise das fileiras e respetiva realização e inquérito para mapeamento da situação de partida no âmbito da digitalização de processos empresariais.
Com o objetivo de atualizar o conhecimento do ISQ, P.PORTO (ESMAD) e TICE.PT relativamente às práticas e estágio I4.0 nas PME foi realizado um diagnóstico da situação nacional de acordo com a lógica de cada fileira, permitindo identificar onde e como intervir.
A análise a desenvolvida envolveu o levantamento dos mercados, das tendências, das implicações dos investimentos em TI, das competências e soluções em termos de produtos e serviços, bem como das respetivas cadeias de fornecimento e de distribuição dos produtos. O Foco desta análise assenta no Modelo Operativo (MO) das PME.
A Dimensão do MO, descreve a capacidade de executar operações mais ágeis e eficazes, potenciando produtos/serviços, bens, pessoas e parceiros digitais. O MO define “como” é que o trabalho é executado em termos de transformação digital. Através desta dimensão as PME podem:
Avaliar as suas capacidades e maturidade do seu modelo operacional.
Possibilitar um diálogo entre os responsáveis de negócio e de tecnologia sobre objetivos e iniciativas a adotar.
Identificar áreas no modelo operacional que necessitam de ser reforçadas.
Estabelecer normas para as iniciativas de transformação digital.
Para avaliar o Modelo Operativo, foi realizado um inquérito onde se focam os seguintes temas:
Produtos e serviços conectados.
Ativos corpóreos conectados.
Processos conectados.
Processos de tomada de decisão.
Estrutura organizacional.
ENQUADRAMENTO GERAL
Nas últimas décadas as Tecnologias de Informação (TI) passaram do BackOffice para o front-office e finalmente passaram a estar incorporadas em quase todos os aspetos das Organizações e da sociedade em geral, em grande parte devido ao crescimento dos pilares tecnológicos da Plataforma Tecnológica atual, designadamente a Mobilidade, a Cloud, o Social Business e o Big Data e Analytics.
As tecnologias e os processos que as Organizações implementam passaram a estar cada vez mais ligados com clientes e mercados, levando a que as fronteiras entre as operações internas e os ecossistemas externos (clientes, mercados, concorrentes, parceiros, reguladores), sejam cada vez menos definidas e claras.
Os responsáveis das organizações incumbentes, independentemente do setor económico ou dimensão, são constantemente desafiados a levar os seus negócios para o próximo nível, o nível da transformação digital no contexto da i4.0, adotando novas tecnologias para suportar a inovação organizacional, operacional e dos modelos de negócio, para encontrar novas formas de satisfazer as necessidades das partes interessadas, otimizar os recursos disponíveis e responder aos riscos.
Neste contexto atual, entendemos a Transformação Digital no contexto da i4.0 como “a forma como as PME promovem mudanças nos seus modelos de negócios e nos ecossistemas, aproveitando as competências digitais da plataforma tecnológica atual” fomentando a adoção de medidas, tecnologias e ferramentas I4.0. Para tal é necessário garantir a transformação em cinco dimensões principais:
Liderança. Conjunto de áreas permite às PME desenvolverem uma visão para a transformação digital dos serviços e das experiências.
Omni-experiência. Descreve uma abordagem omnipresente e multidimensional ao ecossistema das PME necessária para amplificar a experiência dos produtos e/ou serviços.
Recursos Humanos. Abrange a evolução do modo como as PME irão alcançar os seus objetivos de negocio através da contratação, implementação e integração de recursos internos e externos.
Modelo Operativo. Descreve a capacidade das organizações de executar operações mais ágeis e eficazes, potenciando produtos/serviços, bens, pessoas e parceiros digitais, aproximando-as do paradigma da i4.0.
Informação. A transformação da informação é a abordagem focada na extração e desenvolvimento de valor e utilidade da informação relativa aos clientes, mercados, transações, serviços, produtos, bens básicos e experiências comerciais.
No próximo ponto far-se-á o enquadramento geral da temática da I4.0 em Portugal, instrumentos, medidas e políticas favoráveis à implementação de estratégias de Transformação Digital nas empresas que podem comportar qualquer uma das cinco dimensões referidas anteriormente.
A INDÚSTRIA 4.0 EM PORTUGAL
A estrutura económica portuguesa caracteriza-se pelo alto peso do setor dos serviços, equiparando-se aos seus parceiros europeus, que correspondeu, em 2016, a 75,4% do VAB para uma população ativa empregada de 68,9%[5]. A agricultura, silvicultura e pescas representaram apenas 2,2% do VAB e 6,9% do emprego, enquanto a indústria, a construção, a energia e a água corresponderam a 22,4% do VAB e 24,5% do emprego.
Em 2016, o valor global das vendas de produtos e prestação de serviços na indústria atingiu 77,6 mil milhões de EUR, correspondendo a uma variação anual de +0,4%. De entre os diversos produtos industriais destacam-se as vendas da indústria alimentar, que alcançam o valor de 10,7 mil milhões de EUR, representando um acréscimo de 2,5% face ao ano anterior. O valor da venda de produtos e prestação de serviços das cinco principais atividades representaram 42,6% do valor total, distribuído do seguinte modo [6]: Indústrias alimentares (13,7% do total em 2016); Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis (8,5%); Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis (8,4%); Fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos (6,8%) e Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio (5,2%). Ver figura seguinte (Distribuição das principais divisões de atividade (Fonte: INE. I.P.))
Nos últimos 10 anos, além da maior incidência e diversificação dos serviços na atividade económica, verificaram-se igualmente mudanças significativas no padrão de especialização da indústria transformadora em Portugal, alterando-se a dependência de atividades industriais tradicionais para uma situação de crescimento de novos setores de maior incorporação tecnológica. Aqui destacam-se o setor automóvel e componentes, a eletrónica, a energia, o setor farmacêutico e as indústrias que se relacionam com as novas tecnologias de informação e comunicação.
Distribuição das principais divisões de atividade (Fonte: INE. I.P.).
Portugal ocupa a 15ª posição segundo o European Scoreboard [7], sendo considerado um país moderadamente inovador. O seu rendimento neste tópico sofreu um declínio de 2,4% desde 2010. Do inquérito Comunitário à Inovação – CIS 2016, realizado pela DGEEC (Direção-Geral de Estatística da Educação e Ciência) [8], que analisa as atividades de inovação desenvolvidas pelas empresas, de 2014 a 2016, em Portugal, identifica que 66,8% das empresas realizaram algum tipo de atividade de inovação (produto, processo, organizacional e/ou de marketing), e 58,4% realizaram atividades de inovação de produto e/ou processo (inclui atividades de inovação abandonadas ou incompletas). Comparando com o anterior período de análise (2012-2014) existiu um aumento de atividades de inovação nas empresas, bem como um aumento da percentagem de empresas com atividades de inovação de produto e/ou processo.
O estudo realizado pela Accenture Strategy [9] prevê que anualmente a Economia Digital represente cerca de 28% do PIB dos países desenvolvidos, cerca de 6 vezes mais do que os 5% tradicionalmente estimados. Neste ponto Portugal surge colocado na 21ª posição, situando-se abaixo da média Europeia, estimando-se que o digital represente menos de 20% do PIB nacional.
A Europe’s Digital Progress Report (EDPR) de 2018 – avalia o progresso dos Estados Membros em termos da sua digitalização, combinando dados quantitativos do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES) – com Portugal a ocupar a 16ª posição entre 28 Estados-Membros da EU [10], implicando a queda de uma posição face ao resultado alcançado em 2017. Portugal integra o grupo de países com desempenho intermédio, com uma pontuação de 52,6.
Durante o ano de 2017, Portugal lançou e iniciou a implementação de duas iniciativas políticas abrangentes, respetivamente, sobre competências digitais e digitalização da economia: INCoDe.2030 e Indústria 4.0 (descritas na próxima secção). No entanto o seu impacto ainda não foi sentido ao nível deste indicador. A pontuação geral de Portugal aumentou ligeiramente, embora numa proporção menor do que a média da UE. As pontuações de Portugal subiram em todas as dimensões do IDES, com exceção da Integração de Tecnologias Digitais.
O estudo da UBS, de 2016 48, relativo ao nível de preparação para a I4.0, identifica Portugal como a 23ª economia mais preparada para adotar a I4.0 numa amostra de 45 países. Este mesmo estudo salienta as suas infraestruturas, competências gerais e capacidade de inovação. Classificação que demonstra um grau razoável de preparação contrariando com o nível de competitividade. Segundo o Índice Global de Competitividade de Manufatura 2016 (GMCI)[11], elaborado pela Deloitte, o nível de competitividade da indústria portuguesa encontra-se na 35ª posição, em 40 economias analisadas.
Políticas governamentais portuguesas
Identificando as dimensões em que Portugal manifesta um maior distanciamento face aos casos de referência, os sucessivos governos, nos últimos anos, têm investido mais recursos financeiros e humanos em Investigação, Desenvolvimento e Inovação. Deste empenho resultou a melhoria em alguns “Rankings” bem como de indicadores relativos à despesa, à qualificação em ciência e tecnologia e à publicação científica.
Os esforços permitiram atingir metas europeias, tomando a 14ª posição do ranking do “Innovation Union Scoreboard 2011” alusivo às despesas de I&D Público (% do PIB) e a 20ª posição no que diz respeito ao investimento em I&D das empresas – comparação com os 27 países da União Europeia.
Iniciativa Indústria 4.0
Em janeiro de 2017, o governo português, fez o lançamento de um plano estratégico para impulsionar a Indústria 4.0 em Portugal. O plano Indústria 4.0 – integrado na Estratégia Nacional para a Digitalização da Economia – reflete um conjunto de 60 medidas de iniciativa publica e privada que pretende alavancar a modernização de empresas e fomentar as competências digitais a vários níveis. Assenta em 3 objetivos principais [12]:
Acelerar a adoção da i4.0 pelo tecido empresarial português
Dotar o tecido empresarial com conhecimento e informação
Promover um conjunto de ferramentas para transformação empresarial
Capacitar e reajustar a força de trabalho nacional
Promover os fornecedores tecnológicos portugueses como Players i4.0
Capitalizar o ecossistema científico e tecnológico
Criar um contexto favorável ao desenvolvimento de startups i4.0
Promover soluções tecnológicas nacionais em contexto internacional
Tornar Portugal um polo atrativo para o investimento em i4.0
Comunicar o país enquanto HUB de partilha de experiências e know-how para atração de recursos
Criar condições favoráveis (legais e fiscais) para o investimento direcionado à i4.0
Com este plano estratégico é esperado um impacto em mais de 50 mil empresas com operação em Portugal. Na primeira fase o plano prevê a qualificação de 20 mil recursos humanos em TIC – índice onde Portugal apresenta défice face à média Europeia – com incidência sobre competências digitais. Prevê injetar na economia portuguesa até 4,5 mil milhões de EUR de investimento entre os anos de 2017-2021.
Para tal foram definidas medidas que envolvem 6 eixos de atuação prioritária [13]:
Capacitação de Recursos Humanos
Adequar os conteúdos formativos do sistema de ensino nacional às novas tecnologias e promover medidas de requalificação e formação de profissionais.
Ecossistema de Cooperação
Promover a cooperação para o desenvolvimento e subsequente implementação de soluções e tecnologias inovadoras no quadro da 4ª revolução industrial.
Startup i4.0
Reconhecer o papel das startups na inovação tecnológica e desenvolver um conjunto de medidas direcionadas à Indústria 4.0 em linha com a Estratégia Nacional para o Empreendedorismo da Startup Portugal.
Financiamento/ Apoio ao Investimento
Desenvolver um conjunto de mecanismos de financiamento destinados a projetos de âmbito Indústria 4.0 de forma a acelerar os investimentos e incentivar a adoção por parte do tecido empresarial português
Internacionalização
Promover a tecnologia portuguesa para o mercado externo, incentivando assim a internacionalização das empresas e a atração de investimento no país
Adaptação Legal e Normativa
Garantir adaptabilidade legal e normalização técnica face aos desafios da nova revolução industrial, criando um ambiente propício ao desenvolvimento e investimento tecnológico
No âmbito desta iniciativa e com o objetivo de apoiar na modernização e inovação de produtos, serviços e modelos de negócio foram definidas 3 tipologias de ação:
I&D
Para projetos de I&D em Sistemas ciber-físicos; Virtualização e Simulação; Inteligência Artificial; Digitalização; Realidade Aumentada e wearables; Nanotecnologia e materiais avançados; Energia.
SI I&D Individuais
SI Núcleos I&D
Vale Oportunidades de Investigação
Inovação Produtiva
Para projetos de Inovação Produtiva em Conetividade; Processos produtivos inteligentes; Produção aditiva; máquina inteligentes; Materiais avançados; operações modulares; impressão 3D; Robôs autónomos.
SI Inovação Produtiva
SI Empreendedorismo Qualifica e Criativo
Vale Indústria 4.0
Economia Digital
Infraestrutura digital, cloud computing e cyber security; Advanced analytics e AI; User-Centered Design; WCM e CRM – Web Content & Customer Relationship Management; E-Commerce e E-Marketplaces; SEO e SEA – Search Engine Optimization/Advertising Social media, content & mobile Marketing; Web Analytics.
SI Qualificação Individuais
Vale Indústria 4.0
De entre as medidas emblemáticas previstas no programa destacam-se as seguintes:
Programas de Learning Factories – que preveem a criação de fábricas reais com equipamentos tecnológicos que recriem ambientes empresariais, para demonstração ao tecido empresarial.
Missões internacionais – promover missões com comitivas nacionais, lideradas por representantes do Executivo, com vista à partilha de produtos e serviços de âmbito i4.0 desenvolvidos em Portugal.
Adira Industry 4.0 – criação do primeiro laboratório integrado de fabrico aditivo para desenvolver um novo ecossistema associado a esta tecnologia de nova geração que irá permitir novas formas de projeto e fabrico.
FOOTURE 2020 – Plano Estratégico para o Cluster do Calçado português que visa implementar um roteiro do Cluster do Calçado para a Economia Digital.
Bosch Digital – criação do DONE Lab da Bosch, um laboratório para a manufatura aditiva avançada de protótipos e ferramentas, inaugurado na Escola de Engenharia da Universidade do Minho, em Guimarães.
4AC Industria 4.0 – Aceleradora, Incubadora, Prototipagem – com o objetivo de fomentar a colaboração entre grandes e pequenas empresas de forma a sistematizar rapidamente e sistematicamente ideias em produtos.
Projeto INDTECH4.0 – consórcio liderado pela PSA Mangualde que pretende alavancar o desenvolvimento de tecnologias nos seguintes eixos: Sistemas robóticos inteligentes (robôs colaborativos), Sistemas avançados de inspeção e rastreabilidade (Visão artificial), Sistemas autónomos de movimentação (AGV), Fábrica digital (IoT) e Fábrica do futuro – FoF (Baixa cadência e alta diversidade).
Considerando o ponto de situação da iniciativa são de seguida listados na tabela seguinte alguns dos instrumentos já existentes que podem contribuir para a execução de estratégias de Transformação Digital no contexto da I4.0:
#
Instrumentos
Entidade(s)
Responsável(eis)
Descrição
1
Born from Knowledge
Ministério da
Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior e
ANI
Valorizar o conhecimento, estimular práticas de ciência e
inovação abertas, promover o emprego científico e
tecnológico, estimular e premiar ideias de base científica e
tecnológica, e incentivar a colaboração academia-empresa
2
Open Days i4.0
COTEC e IAPMEI
Demonstrar como as empresas podem adotar os diferentes conceitos i4.0 e promover a partilha de experiências entre os vários intervenientes na cadeia de valor.
3
Programa INCoDe 2030
FCT
Promover o desenvolvimento de competências digitais, melhorando o posicionamento e a competitividade de Portugal neste contexto.
4
Capacitar i4.0
IAPMEI
Qualificar as pessoas e as organizações para responderem aos desafios da 4ª revolução industrial.
5
Qualifica IT
InvestBraga,
Universidade do Minho e IEFP
Dotar os formandos com competências adequadas às necessidades das empresas da área de desenvolvimento de software.
6
SWitCH
Porto Tech Hub e ISEP
Requalificar de licenciados em CTEM usando metodologias de aprendizagem baseada em projeto.
7
StartUP Visa
IAPMEI
Programa de acolhimento de empreendedores estrangeiros e sem residência permanente no Espaço Schengen, que pretendam desenvolver um projeto de empreendedorismo e/ou inovação em Portugal, com vista à concessão de visto de residência ou autorização de residência.
8
Tech Visa
IAPMEI
Garantir que quadros altamente qualificados, especialmente da área tecnológica, estrangeiros à União Europeia, possam ser recrutados de forma simplificada por empresas com atividade em Portugal, sejam eles nacionais ou resultantes de investimento estrangeiro
9
Movimento Código Portugal
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ministério da
Educação, Ministério da Economia e
Ministério do
Trabalho,
Solidariedade e
Segurança Social
Promover um evento anual de programação para estimular a participação de jovens, estudantes e investigadores no desenvolvimento de códigos.
10
Move PME
AIP
Apoiar empresas, localizadas regiões Norte, Centro e Alentejo, nas temáticas: Organização e gestão | Implementação sistemas de gestão QASI |
Internacionalização | Economia digital TIC | Eco eficiência.
11
Programa
Formação-Ação
CAP, CCP,
CEC/CCIC, CTP, IAPMEI, ANJE,
APCMC e AEP
Apoiar a projetos conjuntos de Formação-Ação, inserido no sistema de incentivos às empresas na tipologia de investimento ‘Qualificação e Internacionalização das PME’.
12
Projeto “Pense
Indústria – Nova
Geração”
Rede de Centros
Tecnológicos de
Portugal (RECET)
Transmitir aos jovens dos ensinos básicos e secundário uma nova imagem da indústria, associando-a a valores positivos e a um futuro profissional atrativo.
13
Programa Qualifica
Melhorar os níveis de educação e formação dos adultos,
ANQEP contribuindo para a melhoria dos níveis de qualificação da população e a melhoria da empregabilidade dos indivíduos.
14
Laboratórios de
Aprendizagem (LA)
Direção-Geral da
Educação e
European Schoolnet
(EUN)
Disseminar metodologias para a integração curricular das TIC que foram validadas em pilotos de âmbito europeu.
15
SYSTEMIC (“Diga Sim às CTEM na sala de aula”)
Ministérios da
Educação e da
Indústria
Aumentar o interesse dos jovens europeus nas carreiras CTEM e proporcionar aos professores as ferramentas pedagógicas adequadas.
16
Innovative
Educational
Environments
Ministério da
Educação e Centros de Competência TIC
Criar espaços de trabalho, pensados e desenhados para o desenvolvimento de situações de aprendizagem ativa, compatíveis com as exigências inerentes à evolução social e tecnológica.
17
Cheque-Formação
IEFP
Constituir uma modalidade de financiamento direto à formação a atribuir aos utentes inscritos, nomeadamente entidades empregadoras, ativos empregados e desempregados.
18
Vida activa
IEFP
Dotar ativos desempregados de novas competências técnicas e comportamentais, promotoras da melhoria das suas condições de empregabilidade, por forma a agilizar o seu retorno ao mercado de trabalho; constituído por uma componente de formação teórico-prática e uma formação prática em contexto de trabalho nas empresas recetoras.
19
Programa Turismo
4.0
Turismo de Portugal
Posicionar Portugal como o hub especializado de inovação no turismo e uma referência mundial.
20
Programa Interface
ANI, IAPMEI, FCT e
COMPETE 2020
Acelerar a transferência de tecnologia das universidades para as empresas, potenciar a certificação dos produtos, aumentar a competitividade da economia portuguesa e das empresas nos mercados nacional e internacional, alicerçando-se para o efeito na capacitação dos Centros Interface.
21
Magical Industry
AIP
Conhecer as melhores práticas internacionais da cultura maker; Acelerar ideias; Promover a prototipagem; Saber escolher formas de financiamento adequadas; Promover o acesso a redes de parceiros.
22
PME Connect
AIP
Fomentar a internacionalização de PME’s através da interação com Grupos Fortemente Internacionalizados (GFI) e Pequenas e Médias Empresas (PME).
23
Negócios no Mundo
AIP e Associações
Empresariais
Regionais
Potenciar a internacionalização das PME portuguesas.
24
Business Beyond Borders (BBB 2)
AIP
Apoiar a promoção internacional das empresas com efetivo potencial exportador, auxiliando-as na necessária e urgente reorientação das suas estratégias de desenvolvimento e consolidação nos mercados externos.
25
Iniciativa Clube de fornecedores
IAPMEI e COMPETE 2020
Aumentar a participação das PME nacionais e Entidades não Empresariais do Sistema de I&I no fornecimento de polos de especialização
26
Programa Capitalizar
IAPMEI
Promover estruturas financeiras mais equilibradas, reduzindo os passivos das empresas que se apresentam economicamente viáveis, ainda que com níveis excessivos de endividamento, bem como de melhorar as condições de acesso ao financiamento das pequenas e médias empresas.
27
Programa Finance for Growth
AEP e AIP
Apoiar as PME mais ambiciosas e inovadoras nas suas etapas de crescimento e internacionalização
28
Sistema de incentivos (SI) à Inovação Produtiva
IAPMEI e COMPETE 2020
Apoiar projetos inovadores de produção de novos bens ou serviços, processos de produção, de logística e de distribuição, bem como métodos organizacionais
29
SI Propriedade
Industrial
IAPMEI, COMPETE 2020 e ANI
Promover o registo de direitos de propriedade industrial sobre que resultem de projetos de I&D apoiados por outros programas
30
SI I&D Empresas
IAPMEI, COMPETE 2020 e ANI
Apoiar projetos compreendendo atividades de investigação industrial e desenvolvimento experimental, conducentes à criação de novos produtos, processos ou sistemas ou à introdução de melhorias significativas
31
Vale Indústria 4.0
IAPMEI
Promover a definição de uma estratégia tecnológica própria, com vista à melhoria da competitividade da empresa, alinhada com os princípios da Indústria 4.0.
32
Projeto ‘Novas
Soluções de
Financiamento’
AIP
Solucionar as seguintes falhas de mercado na procura e oferta das linhas de crédito disponíveis em Portugal
33
Sistema de
Incentivos ao
Empreendedorismo e ao Emprego (SI2E)
AIP
Apoiar, de forma simplificada, pequenos investimentos empresariais de base local
Iniciativa INCODE 2030
No mundo em que vivemos tornou-se indispensável que todos os cidadãos sejam capazes de conviver com práticas cada vez mais desmaterializadas. Essas práticas têm como cenário de eleição a Internet, sendo a interface normalmente feita através de dispositivos eletrónicos. Para a população ativa, a aprendizagem, produtividade e competitividade são igualmente variáveis cada vez mais dependentes do digital, obrigando a uma crescente exigência de competências digitais para o exercício de diferentes profissões. Embora, Portugal, não se encontre distante da média europeia em matéria de competências digitais [10], precisa de reforçar as competências básicas em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), sobretudo em termos do capital humano e dos níveis de utilização da Internet, evitando que se este estagnem em níveis preocupantes e, mesmo no que refere a especialistas, necessita de ter condições que lhe permitam aproveitar a crescente oferta de emprego digital.
Segundo o relatório da Europe’s Digital Progress Report (EDPR) de 2017 26% da população adulta em Portugal nunca utilizou a Internet, fixando-se a média europeia para o mesmo indicador nos 14% [10]. Este valor explica-se, em parte, com o facto de 52% da população não ter competências digitais básicas e de 30% não ter quaisquer competências digitais, com a média da EU a fixar-se nos 44% e 19%, respetivamente. Portugal apresenta-se também com um valor de 22%, o dobro da média da UE, em adultos profissionalmente ativos sem competências digitais.
É necessário, portanto, por um lado, investir na qualificação da população jovem e, por outro, requalificar os nossos recursos humanos. As infraestruturas de educação e formação existentes em Portugal e o forte potencial dos seus recursos humanos tornam este desafio exequível, apesar de exigir a mobilização e a combinação de esforços de diferentes áreas da governação e da sociedade civil. Com este propósito, em 2017, o Governo português constituiu a “Iniciativa Nacional Competência Digitais e.2030, Portugal INCoDe.2030”, um programa integrado de política pública que visa promover as competências digitais. Competências aqui assumidas como a compreensão de literacia digital (p.e. a capacidade de aceder de forma autónoma ao meios digitais e às TICs para compreender e avaliar criticamente conteúdos e comunicar eficazmente), assim como a produção de novos conhecimentos através de atividades de investigação. O conceito de Competências Digitais está ainda associado à utilização das tecnologias digitais para a conceção de novas soluções para problemas de natureza diversa, à integração de conhecimento interdisciplinar e análise de dados, à utilização intensiva de inteligência artificial, ao recurso a instrumentação avançada e a redes de comunicação e sistemas móveis e ao desenvolvimento de sistemas ciber físicos, bem como à sua programação. Tudo isto envolve hardware e software e alarga o conceito das TIC à eletrónica, à automação e à robótica.
Neste alinhamento, a iniciativa Portugal INCoDe.2030 perspetiva-se num âmbito alargado para a promoção integrada do desenvolvimento digital, começando pela inclusão e a literacia digitais, passando pela educação das novas gerações, desde a infância, pela qualificação da população ativa até à especialização de pessoas licenciadas para ocuparem empregos digitais avançados e à investigação, de forma a converter o país num impulsionador efetivo dos novos desenvolvimentos digitais, procurando, em todas as dimensões, criar oportunidades para uma mais elevada participação de raparigas e mulheres.
Em suma integra três grandes desafios:
Cidadania: garantir a literacia e a inclusão digitais para o exercício pleno da cidadania
Emprego: estimular a empregabilidade e especialização em tecnologias e aplicações digitais para a qualificação do emprego e uma economia de maior valor acrescentado
Conhecimento: produzir novos conhecimentos nas áreas digitais em cooperação internacional.
Dada a considerável amplitude dos domínios envolvidos, o INCoDe.2030 está organizado em 5 eixos:
Inclusão: assegurar a generalização do acesso às tecnologias digitais a toda a população, para obtenção de informação, comunicação e interação;
Educação: Estímulos dos domínios da literacia digital e das competências digitais através da educação das camadas mais jovens da população, em todos os ciclos de ensino e aprendizagem.
Qualificação: fornecer os conhecimentos necessários á população ativa para os capacitar para a integração num mercado de trabalho cada vez mais dependente das competências digitais.
Especialização: promover a especialização em tecnologias digitais e aplicações para a qualificação do emprego e a criação de maior valor acrescentado na economia;
Investigação: assegurar as condições para a produção de novos conhecimentos e a participação ativa em redes e programas internacionais de I&D.
Portugal INCoDe.2030 é uma iniciativa conjunta das áreas governativas da Modernização Administrativa; da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; da Educação; do Trabalho; do Planeamento e das Infraestruturas e da Economia, do XXI Governo de Portugal. Enquadra-se, no contexto internacional, na área das TIC e visa melhorar e reforçar a posição de Portugal no Índice DESI (Digital Economy & Society Index) da Comissão Europeia, aumentando a competitividade do país através da promoção das competências digitais.
Programa Interface
O Programa INTERFACE tem como objetivo a valorização dos produtos portugueses, através da inovação, do aumento da produtividade, da criação de valor e da incorporação de tecnologia nos processos produtivos das empresas nacionais. A ideia é a de acelerar a transferência de tecnologia das universidades para as empresas, potenciar a certificação dos produtos, aumentar a competitividade da economia portuguesa e das empresas nos mercados nacional e internacional.
A estratégia deste programa está estruturada em torno de três linhas de atuação:
Certificação de clusters ou agrupamentos organizacionais, capazes de promover a mobilização sectorial para a partilha de conhecimento e ações de internacionalização;
Reforço da ação das estruturas de interface tecnológico, alargando o seu contributo para melhorar processos, a qualidade dos produtos e a inovação das empresas;
Promoção da cooperação na investigação aplicada ao negócio, entre instituições de ensino superior e empresas em projetos de laboratórios colaborativos.
Para além dos desafios associados aos clusters de competitividade, aos laboratórios colaborativos e ao apoio aos Centros de Interface Tecnológico, uma das grandes iniciativas do INTERFACE é o intitulado “Clube de Fornecedores”, que visa a promoção da integração e participação de empresas portuguesas, sobretudo as PME, em cadeias de valor internacionais, através da cooperação com empresas com papel relevante nas mesmas, que lhes assegurem melhores condições de acesso a mercados, tecnologias e competências.
Conta com a mobilização de Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, incluindo os Sistemas de Incentivos a Ações Coletivas (SIAC), ou ações transversais nos restantes Sistemas de Incentivos que possam envolver um ou mais Centros Interface, para o apoio à aquisição de equipamento e para o desenvolvimento de projetos em áreas de promoção do desenvolvimento de novas competências, nomeadamente nas áreas da eficiência energética, economia circular e digitalização.
Vão estar disponíveis 1,4 mil milhões de euros até ao final do ano 2022 para a implementação das quatro grandes iniciativas que são apresentadas de seguida.
Cluster de Competitividade é uma “plataforma agregadora de conhecimento e competências, constituída por parcerias e redes que integram empresas, associações empresariais, entidades públicas e instituições de suporte relevantes, nomeadamente entidades não empresariais do Sistema de Investigação e Inovação” [15]. No momento atual das políticas públicas europeias, os Clusters são encarados como determinantes para políticas associadas ao apoio ao crescimento das PME e à implementação da especialização inteligente. O objetivo principal da criação e evolução dos Clusters é torná-los no motor principal das estratégicas de eficiência coletiva, fazendo com que estas plataformas colaborativas representem um sinónimo de transformação industrial e desenvolvimento das indústrias emergentes.
O Laboratório Colaborativo tem como objetivo principal definir e implementar agendas de investigação e de inovação orientadas para a criação de valor económico e social, incluindo processos de internacionalização da capacidade científica e tecnológica nacional, em área(s) de intervenção relevante(s), e o estimulo ao emprego científico e a realização de atividades de I&D que potenciem o reforço de sinergias com instituições de ensino superior, designadamente no âmbito de programas de formação especializada, profissional ou avançada em estreita colaboração com parceiros sociais e económicos. Por Laboratório Colaborativo entende-se a associação ou o consórcio de unidades de investigação, instituições de ensino superior, empresas, instituições intermédias e de interface, centros tecnológicos, empresas, associações empresariais e outros parceiros relevantes do tecido produtivo, social ou cultural, como laboratórios do Estado, autarquias e instituições associadas a organizações locais, unidades hospitalares, museus, arquivos, ou instituições sociais, nacionais ou internacionais (entidades participantes).
Os principais desafios que esta iniciativa pretende endereçar são os seguintes:
Densificação efetiva do nosso território em termos de atividades baseadas em conhecimento, através de uma crescente institucionalização de formas de colaboração entre instituições de ciência, tecnologia e ensino superior e o tecido económico e social, designadamente as empresas, o sistema hospitalar e de saúde, as instituições de cultura e as organizações sociais.
Consolidar e promover a capacidade e o potencial que as comunidades científicas e académicas apresentam para fazer face à oportunidade de relacionar o conhecimento com o bem-estar e o desenvolvimento social e económico em Portugal. É a oportunidade para que as instituições científicas e académicas, em estreita colaboração com atores económicos, sociais e culturais, contribuam para a construção, em Portugal, de projetos de relevância internacional, com impacto efetivo na Sociedade.
Os Centros de Interface Tecnológico (CIT) são entidades de ligação entre as instituições de ensino superior e as empresas, que se dedicam à valorização de produtos e serviços e à transferência de tecnologia. Esta iniciativa pretende capacitar os CIT e empresas, especialmente PME, nas atividades de I&D e inovação, potenciando a ligação das entidades do sistema de inovação e facilitar o acesso destas entidades a recursos humanos altamente qualificados, promovendo o emprego científico e qualificado, e aumentando o acesso ao conhecimento. Como principais objetivos destacam-se os seguintes:
Potenciar o crescimento baseado no conhecimento e inovação;
Aumentar a capacidade produtiva de bens e serviços transacionáveis com maior valor acrescentado, especialmente nas PME;
Promover a maior colaboração entre a Ciência e a Indústria;
Fortalecer o investimento privado em I&D;
Estimular a criação de emprego qualificado.
A iniciativa “Clube de Fornecedores” pretende promover a integração e participação de empresas portuguesas, sobretudo PME, em cadeias de valor internacionais, através da cooperação com empresas com papel relevante nessas mesmas cadeias de valor e que lhes assegurem melhores condições de acesso a mercados, tecnologias e competências.
Com centralidade em empresas “nucleares”, pretende-se ganhar escala em atividades que tenham procura internacional dinâmica, empreguem recursos humanos qualificados e permitam a Portugal posicionar-se nas respetivas cadeias de valor de modo a poder ascender gradualmente nas mesmas. Os principais objetivos desta iniciativa são os seguintes:
Capacitar as PME para integrar redes de fornecedores globais e inovadores, internacionalmente competitivos;
Alavancar a integração de tecnologias que facilitem a adaptação à Indústria 4.0. e aos fundamentos da Economia Circular;
Promover a adaptação aos requisitos tecnológicos dos processos e produtos que proporcionem know-how especializado, recursos e conhecimento crítico, maior produtividade, mais flexibilidade e maior qualidade dos produtos;
Substituir as importações aumentando a incorporação nacional de produtos e aumentar as exportações.
O Programa INTERFACE tem como objetivo a transferência de tecnologia e inovação da indústria e, através destas quatro iniciativas, pretende reforçar as ligações entre empresas, universidades, politécnicos e centros tecnológicos, permitindo uma maior ligação entre o conhecimento científico e a inovação empresarial.
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA FILEIRA MANUFATURA
A fileira da manufatura, entendida como a fileira automóvel e materiais, são ambas estratégicas para as economias da maior parte dos países da Europa e em Portugal também. Atualmente a maioria das mudanças é impulsionada pela transformação digital.
As mudanças implicam as 5 dimensões abordadas no ponto anterior e os drivers apresentam-se na figura seguinte:
Figura 1- Drivers para a Transformação Digital na fileira da Manufatura
De facto, a DTx está a transformar indústrias e empresas inteiras, independentemente do seu tamanho, prevalecendo os processos conectados e os produtos conectados. Um exemplo desta realidade é o veículo autónomo.
O que vem a seguir?
De seguida apresentamos algumas tendências para a fileira da Manufatura na Europa Ocidental:
#1
Em 2020, 50% dos fabricantes sediados na Europa Ocidental contarão com plataformas digitais que facilitam e promovem os seus investimentos em ecossistemas e experiências e suportam até 30% de sua receita total.
#2
Em 2021, 15% dos Fabricantes com sedes na Europa dependerão de um backbone seguro de Inteligência, usando IoT, blockchain e cognitive, para automatizar processos em larga escala e acelerar os tempos de execução em até 25%.
Para onde vai o dinheiro da fileira da fileira da manufatura?
A inovação e a atração e retenção de clientes são importantes para todos os fabricantes da Europa Ocidental, embora as pequenas e médias empresas priorizem ainda mais o foco no cliente do que os participantes maiores.
Neste contexto, não é de surpreender que as pequenas e médias empresas enfrentem maiores desafios de segurança do que os fabricantes maiores.
A linha de negócios (LOB) está a ganhar cada vez mais controle sobre o orçamento de TI, seja inteiramente por conta própria ou influenciando o departamento de TI. Esta é uma transformação estrutural e está acontecendo em cadeias de valores de forma consistente.
Uma parcela significativa (37%) dos gastos com TI de pequenas e médias empresas ainda é alocada para manter os sistemas existentes, mas investir em atualizações de sistema e inovação não é insignificante. Cerca de um quarto dos gastos externos com TI são alocados para cada uma dessas categorias.
Estratégias de DTx das PME europeias da fileira da Manufactura?
Evidence from IDC’s European Vertical Markets Survey
Em média, 65% dos fabricantes europeus implantaram algum tipo de solução em nuvem, embora as PME estejam ligeiramente atrasadas nessa tendência. No geral, a nuvem é uma tecnologia madura no setor.
O uso de Big Data & Analtics é muito menos difundido entre as PME, e não se espera que isso mude em breve.
Uma em cada três PME já adotou a IoT e está um pouco à frente das demais nesse tema.
As PME também estão mais avançadas no que diz respeito à monetização de dados da IoT. Entre os adotantes, 8% usam-na para criar novos fluxos de valor.
As áreas de aplicação mais comuns para PME são para a melhoria do atendimento ao cliente/ manutenção preditiva, controle baseado em sensores e coordenação de dispositivos de chão de fábrica, bem como vigilância remota de ativos. A melhoria do atendimento ao cliente é o caso de uso com maior potencial de crescimento no curto prazo.
Sistemas cognitivos / IA ainda é uma tecnologia inovadora para os fabricantes europeus, e as PME são adotantes particularmente conservadoras.
No geral, a robótica fez bons progressos nas empresas de manufatura europeias, mas, novamente, as PME estão ligeiramente atrás da curva.
Para as PME, a inspeção de teste e qualidade e tendência de máquina são atualmente os principais casos de uso, embora o interesse esteja crescendo para fins de armazém e stock.
Em busca de ganhos de produtividade no chão de fábrica, empresas maiores concentram os seus investimentos em robótica em suas fábricas (globais).
A impressão 3D ou manufatura aditiva está desempenhando um papel cada vez maior na fileira da manufatura, provando um forte tempo de colocação no mercado e eficiências de custo no desenvolvimento de produtos de alto volume. As PME não estão muito atrás de grandes empresas no uso dessa tecnologia.
As PME demonstram maior interesse em redes de impressão em 3D colaborativas e compartilhadas para melhorar a experiência do cliente e otimizar o custo de logística.
Outro acelerador de inovação emergente, o AR/VR, já demonstra um retorno do investimento promissor em todos os processos de fabricação, mesmo em pequenas e médias empresas.
As pequenas e médias empresas estão a usar a AR / VR para uma mistura de aplicações, incluindo marketing / vendas, suporte de chão de fábrica e testes de capacidade de novos produtos. No entanto, vemos a intenção de alavancar a tecnologia para fins de formação remota.
Os fabricantes maiores utilizam a AR/VR predominantemente para apoiar os funcionários do chão de fábrica, no entanto, sentem a oportunidade de a usar cada vez mais para criar experiências de clientes.
Temas com liderança no pensamento da fileira da manufatura
Tópicos que são tendências.
Drivers de Inovação na fileira da Manufatura
A Fábrica Inteligente
Impacto nos ecossistemas das PME da fileira da manufatura
A realidade da DTx
Estruturas Organizacionais das empresas de manufatura da Europa Ocidental
A integração Digital assuma várias formas
Implicações para Portugal
O Economic Sentiment Indicator * (ESI) em Portugal está alinhado com a média da UE nos últimos 4 anos.
No entanto, para o Indicador Industrial * que representa a indústria transformadora, Portugal está atrasado em relação à EU.
De acordo com o Inquérito ESI, Portugal tem uma perspetiva de negócios positiva, no entanto, a produção na indústria de transformação reporta um sentimento ligeiramente mais negativo.
Isto é confirmado pelas Previsões do Consenso, que reportam um crescimento muito positivo do PIB e da produção industrial para Portugal em 2017, no entanto, espera-se que este seja aliviado em 2018 e 2019 (ver figura abaixo).
O governo português decidiu requalificar a rede de manufatura e, para atingir esse objetivo, estabeleceu diretrizes gerais para a implantação de tecnologias facilitadoras em direção à digitalização e automação. Também instruiu políticas para a requalificação da força de trabalho de manufatura.
Implicações ao nível das TI em Portugal:
Os gastos em TI em Portugal crescem ao longo de 2022, de acordo com o mais recente Guia de Gastos em TI semestrais da IDC Worldwide. Abaixo estão outras implicações derivadas do Guia de Gastos:
As 10 principais áreas de gastos com tecnologia indicam a forte adoção da cloud, tecnologias digital e confiança nas PME na tomada de decisão baseada em dados.
Nos últimos 5 anos, a IaaS (infraestruturas como serviço), tem experimentado um crescimento constante.
Outras tecnologias, como software de rede e dados móveis, cresceram entre 10% e 15%.
Outros softwares que cresceram na faixa de 5% a 10% são sistemas transacionais (por exemplo, ERP e CRM), aplicativos colaborativos, análise de dados e de gestão de conteúdo, o que significa que os dados têm sido uma parte fundamental das pequenas e médias empresas em Portugal. Mais do que isso, sem dúvida, para melhorar a tomada de decisões de negócios.
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA FILEIRA DAS MATÉRIAS PRIMAS
Entendeu-se neste trabalho a fileira das matérias primas a cadeia de valor relacionada com a extração de rochas, minérios metálicos e não metálicos.
O que vem a seguir?
A extração ou “mina” digital:
Racionalizar a excelência empresarial e operacional são as principais prioridades das empresas de mineração a nível global. Isso significa fornecer eficiência operacional, agilidade e flexibilidade, enquanto ainda controla o risco. Refletindo grandes diferenças nas condições de operação por geografia, existe uma variação considerável nas prioridades de negócios entre países e operações de minas.
A tomada de decisão na fileira da mineração está mais preocupada em possibilitar a expansão das operações e o aumento da produção. Os líderes de tecnologia de mineração estão respondendo a uma ampla gama de preocupações, mas o foco deve ser garantir a continuidade dos negócios e aumentar a agilidade e o controle.
As operações são o foco da mudança, à medida que as empresas se transformam e criam valor a partir dos dados – para melhorar a tomada de decisões, alocar dinamicamente recursos e integrar processos. As principais áreas de foco são desempenho/eficiência de ativos, tomada de decisão para melhorar o rendimento e flexibilidade/agilidade operacional:
A automação de minas, a IoT e a próxima geração de segurança são as principais prioridades agora e nos próximos dois anos para as empresas de mineração.
Os principais investimentos em tecnologia planeados dentro das operações são: automação de minas, gestão da força de trabalho e segurança.
Os desafios de TI enfrentados pelas empresas de mineração estão relacionados à aplicação de TI/ dados nas operações – a segurança de TI e a implementação de TI nas operações são os principais desafios. A definição de prioridades colaborativas e tomada de decisão são críticos.
A gestão de TI, a virtualização e os aplicativos corporativos representam os principais casos de uso para a nuvem em empresas de mineração globalmente. Mas, os casos de uso em termos de crescimento, mostram que o uso de recursos de nuvem para suportar aplicativos operacionais e dados são as áreas mais altas de crescimento.
Globalmente, 35% das empresas de mineração estão utilizando IoT. Em comparação com AR/VR com apenas 17% e impressão 3D com apenas 6%.
A monitorização da segurança e a visibilidade do processo operacional são atualmente os principais casos de uso para IoT. Olhando para o futuro, a gestão da energia e a manutenção de ativos serão os casos de uso que mais crescerão.
Atualmente, os principais casos de uso para AR / VR são a monitorização remota e formação profissional. As áreas mais fortes de crescimento a partir da análise dos casos de uso que permitem o acesso a informações e insights em tempo real, são a manutenção e reparação de equipamentos e engenharia.
Atualmente, os principais usos da robótica nas operações de mineração são a inspeção de segurança e saúde e o processamento mineral. No futuro, as empresas de mineração esperam globalmente aumentar o uso da robótica na automação de equipamentos móveis.
Implicações dos gastos em TI para o setor da extração de matérias-primas
Na Europa, os gastos com TI estão previstos com um CAGR positivo. A parcela de gastos entre os grupos tecnológicos terá variações muito pequenas:
Implicações para Portugal
O foco da criação de valor da transformação digital no setor de mineração está nas operações, especialmente os ganhos de eficiência a serem alcançados através da redução do tempo de inatividade e melhor alocação de recursos em gerenciamento de ativos, manutenção, planeamento, programação e execução. Trabalhar para criar operações integradas é uma parte crítica do que é essa transformação operacional, indo além da otimização de processos em silos ou funções operacionais. Isso vai muito além das capacidades tecnológicas para incorporar mudanças no processo, incentivos e pessoas. De fato, 51% das empresas de mineração dizem que o foco de sua transformação digital está dentro das operações (fonte: Pesquisa IDC Energy Insights Worldwide Mining Decision Maker, junho de 2017).
As empresas de mineração estão a perceber o valor que pode ser obtido com a criação de sistemas, processos e recursos que possibilitam dados em toda a empresa. A complexidade e os desafios de realmente fazer isso de maneira a entregar valor em escala são significativos para a maioria das empresas. A realidade é que, para a maioria das empresas que examinam como criar ambientes operacionais integrados, isso leva a perguntas relacionadas com a capacidade de produzir dados corporativos e roteiros de habilidades para novas habilidades digitais, bem como questões relacionadas à organização, métricas de desempenho e de decisão.
O ambiente para o qual as empresas de mineração devem migrar é aquele que possibilita o fluxo de dados por toda a empresa para apoiar a tomada de decisões em tempo real, como parte de equipamentos auto-automatizados, auto-otimizados e automáticos, e para apoiar a colaboração e a decisão.
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA FILEIRA DO COMÉRCIO
O que vem a seguir?
De seguida apresentamos algumas tendências para a fileira do comércio na Europa Ocidental:
O produto indo ao encontro do cliente, através de experiências em contexto de descoberta:
Prioridades do Comércio para os próximos 5 anos:
#1
Até 2019, mais de 30% dos comerciantes da Europa Ocidental terão adotado uma plataforma de comércio. Os Ganhos de Receita aumentarão, com TI, Custos de Inventário, Custos Operacionais e Redução de Pressão Promocional, Permitirá um aumento de até 30% na rentabilidade Omni-Channel.
#2
Até 2019, os 30% dos comerciantes da Europa Ocidental estarão ativamente engajados em transformação digital, impulsionando mudanças organizacionais e estratégias de investimento em tecnologias de plataforma que são baseadas em nuvem, habilitadas em AI.
#3
Até 2019, 50% dos comerciantes da Europa Ocidental terão desenvolvido uma arquitetura suportada por uma camada de AI; Essa plataforma permitirá a personalização Hyper-Micro do CX, proporcionando um aumento de conversão de até 30% e até 25% de receita maior.
A realidade da DTx
Estruturas Organizacionais das empresas do comércio da Europa Ocidental
Nas PME, o departamento de TI controla a maior parte do orçamento de TI, mas a linha de negócio (LoB) tem um impacto significativo no controle e na influência:
Em 2018, nas PME, quase metade do orçamento de TI é dedicado a atividades relacionadas à inovação:
A inovação liderará o crescimento dos lucros provenientes do omni-channel:
Para PME da fileira do comércio, os principais investimentos em soluções vão da loja ao comércio eletrônico e análises de estado:
O interesse das PME em IoT é claro, mas os dados gerados ainda são subutilizados:
As PME do Comércio estão a começar a adotar o Big Data e o BI Analytics, mas ainda são cautelosas com os recursos avançados para a análise:
Estratégias das PME da fileira do Comércio da Europa Ocidental
Status e planos da estratégia de inovação.
Os maiores desafios de inovação das PME do comércio estão relacionados à conformidade regulamentar, roteiros e parcerias para a inovação:
Nos próximos 24 meses, as 5 principais prioridades das PME do Comércio para os programas de DTx, apontam tanto para as operações quanto para a melhoria da experiência do cliente:
Para empresas de todos os tamanhos, a implementação de uma plataforma de e-commerce é fundamental para a transformação do modelo de negócios:
Principais atributos que as plataformas de e-commerce deverão ter:
Para executar as missões de inovação, os líderes das equipes de inovação precisarão abordar a área organizacional e a implementação urgente de uma plataforma de e-commerce:
O eCommerce e os mercados on-line são vistos como as principais áreas que contribuem para a geração de receita, nos próximos 3 anos. As marcas mantêm sua relevância com desenvolvimento de novos formatos:
Implicações para Portugal
Em setembro de 2017, a Standard & Poor’s elevou o rating de crédito de Portugal para grau de investimento (após cinco anos de classificação de “junk”). É um indicador do fim da crise económica do país e de uma perspetiva futura mais otimista. A alteração da classificação irá provavelmente aumentar ainda mais a confiança do consumidor e os gastos do consumidor, gerando um impacto positivo no ambiente de retalho de Portugal.
A perspetiva otimista é também refletida pelas tendências de gastos de TI dos retalhistas portugueses de PME. De acordo com o IDC Semianual Worldwide Spending Guide, o CAGR global de 3% (2018-2022) engloba algumas taxas de crescimento acima da média que indicam como as PME estão orientando suas prioridades, alinhando-se aos requisitos fundamentais do comércio em todos os lugares
A IaaS (Infraestrutura como Serviço) terá uma notável CAGR de 28% no período de tempo considerado. Isso demonstra a atenção das PME portuguesas na melhoria das eficiências de armazenamento e computação – por meio de recursos essenciais de automação e orquestração de IaaS – abrindo caminho para a implementação da plataforma de comércio.
Os gastos com Aplicativos de Conteúdo (incluindo: gestão de conteúdo corporativo (ECM), criação e publicação, gerenciamento de conteúdo persuasivo, e-discovery, portais corporativos e compartilhamento de conteúdo e colaboração) estão previstos para um CAGR de 10%, com uma participação de 8% entre HW, SW e serviços de TI. O conjunto desses aplicativos é uma das quatro principais capacidades da plataforma de e-comércio. Ter uma solução de conteúdo apropriada no local é um elemento-chave para oferecer a personalização da experiência do cliente em escala.
As aplicações também estão entre as tecnologias de maior crescimento nos gastos das PME portuguesas, com um CAGR de 9% entre 2018 e 2022. Este é um grupo de aplicações essenciais que convergem noutra capacidade central da plataforma de comércio retalhista, serviços de experiência do cliente. Essa capacidade básica, integrada às fundações de análise de inteligência artificial/ aprendizagem de máquina e aos outros recursos centrais da plataforma (comércio, atendimento de pedidos e serviços de conteúdo) é o facilitador fundamental da personalização da experiência do cliente.
MODELO DE INQUÉRITO PARA AVALIAÇÃO DO MODELO OPERATIVO DAS EMPRESAS
Com base na análise de contexto das fileiras foi construído um modelo para o diagnóstico do Modelo Operativo das organizações tendo por base as melhores práticas de mercado. Através dos resultados do inquérito, pretendeu-se apoiar os responsáveis do negócio e das tecnologias a entender e responder aos desafios e oportunidades que a transformação digital no contexto da i4.0 pode trazer para suas organizações.
O modelo de diagnóstico está então diretamente relacionado com a dimensão do Modelo Operativo e tem como objetivo apoiar a as empresas a tornar as suas operações de negocio mais ágeis, eficazes e sustentáveis, aproveitando a conetividade de produtos/serviços, ativos corpóreos, processos, pessoas e parceiros comerciais.
As principais dimensões avaliadas estão relacionadas com:
Produtos/ serviços conectados: Capacidade da empresa de conectar digitalmente produtos e serviços para permitir níveis mais altos de satisfação do cliente e oportunidades de receita baseadas em informação.
Ativos corpóreos conectados: Capacidade da empresa de conectar ativos corpóreos para melhorar a sua eficácia, eficiência, sustentabilidade, habilidade e disponibilidade.
Processos conectados: Capacidade da empresa de conectar digitalmente processos, tanto internamente quanto entre empresas, para criar uma capacidade operacional mais ágil e melhorar a produtividade.
Processo de tomada de decisões: Compreensão da “próxima melhor ação” com base no conhecimento situacional, transmitido digitalmente e na aprendizagem-máquina. Esta dimensão inclui ainda a capacidade da empresa de conectar a tomada de decisões operacionais com as estratégias e planos táticos.
Estruturas organizacionais: Capacidade da empresa de transferir a responsabilidade pela governança das Tecnologias para a governança corporativa, mantendo o cumprimento das políticas e boas práticas corporativas do Sistema de Informação.
Os níveis de maturidade considerados foram os seguintes:
O nível de maturidade foi obtido através do preenchimento da seguinte chec-klist (onde a 1ª resposta indica o nível 1, a 2ª resposta indica o nível 2 e assim sucessivamente), onde se indica qual foi a avaliação realizada.
As respostas forma feitas numa perspetiva de “awareness”. A análise das respostas permite identificar no imediato o que seria necessário para estar no nível seguinte. Ou seja, o inquérito apresenta uma componente pedagógica no sentido de que a empresa ficará com informação de que tipo de posicionamento deveria ter para estar no nível superior ao respondido em cada questão. O nível de maturidade final é obtido através da média do somatório das médias de cada uma das respostas nas 5 secções.
CHECK-LIST DE AVALIAÇÃO DE MATURIDADE PARA A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO CONTEXTO DA INDÚSTRIA 4.0
1. PRODUTOS E SERVIÇOS CONECTADOS
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à recolha de dados relacionada com Produtos/Serviços?
São recolhidos poucos dados de desempenho dos produtos / serviços. A recolha de dados é manual, geralmente baseada em formulários.
Os produtos / serviços incluem recursos para recolha de dados sobre o desempenho. A recolha de dados é geralmente realizada por solicitação dos clientes.
Há um esforço proativo para incorporar a recolha de dados sobre o desempenho dos produtos / serviços em resposta à procura do mercado.
A recolha de dados é incorporada em novas ofertas, mas é desenvolvida independentemente do desenvolvimento de produtos / serviços.
A recolha de dados é totalmente integrada no processo de desenvolvimento. Existem capacidades para atualizar produtos / serviços em tempo real.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à conetividade de Produtos/Serviços?
Não existe uma rede para conectar produtos / serviços.
Os produtos / serviços são conectados pontualmente no contexto de requisitos específicos do cliente.
Existe uma abordagem por defeito para conectar produtos / serviços. Não existe uma rede criada especificamente para o efeito.
A conectividade é essencial para a gestão de produtos / serviços. Existe uma rede criada especificamente, mas o provisionamento ainda é feito manualmente.
Os produtos / serviços estão conectados por defeito e podem-se autoprovisionar numa rede específica (ex. cloud de indústria).
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à análise da informação e controlo remoto de Produtos/Serviços?
A análise do desempenho dos produtos / serviços é realizada em resposta a problemas / incidentes reportados pelos clientes.
O desempenho dos produtos / serviços é analisado, mas geralmente apenas no que refere ao histórico.
São realizadas análises contínuas para apoiar ações corretivas.
São realizadas análises contínuas com capacidade de iniciar ações corretivas de maneira automatizada.
A análise em tempo real é preditiva e permite a intervenção. Novos serviços podem ser iniciados automaticamente.
2. ATIVOS CORPÓREOS CONECTADOS
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à recolha de dados relacionada com Ativos Corpóreos?
São recolhidos poucos dados de desempenho dos ativos. A recolha de dados é manual.
Alguns ativos incluem capacidades para recolha de dados de desempenho. Os sensores estão ligados por redes físicas.
São recolhidos dados de desempenho dos ativos críticos.
Os novos ativos incorporam a recolha de dados mas os dados são reconciliados manualmente.
A recolha de dados de desempenho é totalmente integrada no cenário operacional.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à conetividade de Ativos Corpóreos?
Os ativos são conectados através de redes locais dedicadas, tipicamente SCADA (Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados).
Está disponível um sistema de recolha de dados centralizado, mas a maioria dos ativos não estão conectados.
Existe uma abordagem por defeito para a conetividade de ativos que é utilizada de forma generalizada.
A Organização utiliza comunicações machine-to-machine, utilizando sobretudo redes locais.
Os ativos estão conectados entre si de forma generalizada e comunicam através de redes remotas.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à análise da informação e controlo remoto de Ativos Corpóreos?
A análise do desempenho dos ativos é realizada apenas a pedido ou em resposta a incidentes.
O desempenho dos ativos é analisado, mas geralmente apenas no que refere ao histórico.
São realizadas análises contínuas para apoiar ações corretivas, algumas de forma automática.
Existe a capacidade de análise das interdependências dos ativos e previsão de problemas / incidentes potenciais.
A análise em tempo real é preditiva e permite a intervenção automatizada.
3. PROCESSOS CONECTADOS
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME aos sistemas de gestão corporativos/partilhados (processos, pessoas e tecnologias)?
Existem alguns sistemas de gestão corporativos/partilhados (processos, pessoas e tecnologias) implementados mas são independentes e não está bem integrados.
Existe um modelo integrado do sistema de gestão corporativo/partilhado (processos, pessoas e tecnologias), mas a consistência ainda é limitada.
Existe um modelo integrado do sistema de gestão corporativo/partilhado (processos, pessoas e tecnologias) que opera em múltiplas instâncias.
Existe um modelo integrado do sistema de gestão corporativo/partilhado (processos, pessoas e tecnologias) que opera numa única instância.
O sistema de gestão corporativo/partilhado (processos, pessoas e tecnologias) opera numa instância global e podem ser adaptados de forma automatizada.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME aos sistemas operacionais (processos, pessoas e tecnologias)?
Os processos de suporte às operações internas são definidos de forma independente pelas diferentes áreas/unidades da Organização.
Existem orientações corporativas mas ainda existe alguma desarticulação entre as áreas/unidades.
O principal objetivo é a consolidação da informação para preparação de relatórios integrados, no entanto as áreas / unidades ainda implementam processos de forma independente
As áreas / unidades seguem as orientações corporativas relacionadas com os sistemas operacionais.
A digitalização dos processos operacionais é responsável pela normalização das operações da Organização e possibilitam alterações automatizadas dos processos do negócio.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à gestão no uso de energia?
Os processos de suporte à gestão de energia são definidos de forma independente pelas diferentes áreas/unidades da Organização.
Existem orientações corporativas, mas ainda existe alguma desarticulação entre as áreas/unidades quanto à gestão de energia.
O principal objetivo é a consolidação da informação para preparação de relatórios integrados, no entanto as áreas/unidades ainda implementam processos de gestão de energia de forma independente.
As áreas/unidades seguem as orientações corporativas relacionadas com a gestão de energia com base na informação recolhida remotamente por sistemas de monitorização.
A digitalização dos processos operacionais é responsável pela gestão de energia na Organização e possibilita alterações automatizadas dos processos.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à gestão no uso da água?
Os processos de suporte à gestão da água são definidos de forma independente pelas diferentes áreas/unidades da Organização.
Existem orientações corporativas, mas ainda existe alguma desarticulação entre as áreas/unidades quanto à gestão da água.
O principal objetivo é a consolidação da informação para preparação de relatórios integrados, no entanto as áreas/unidades ainda implementam processos de gestão da água de forma independente.
As áreas/unidades seguem as orientações corporativas relacionadas com a gestão da água com base na informação recolhida remotamente por sistemas de monitorização.
A digitalização dos processos operacionais é responsável pela gestão da água na Organização e possibilita alterações automatizadas dos processos.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à gestão da manutenção (máquinas, equipamentos, instalações)?
Os processos de manutenção para suporte às operações internas são definidos de forma independente e reativa pelas diferentes áreas/unidades da Organização.
Existem algumas orientações corporativas relativas à manutenção preditiva, mas predominam orientações para manutenção reativa e alguma desarticulação entre as áreas/unidades.
O principal objetivo é a consolidação da informação para preparação de relatórios integrados, no entanto as áreas/unidades ainda implementam processos de forma independente.
As áreas/unidades seguem as orientações corporativas relacionadas com a manutenção dos sistemas operacionais.
A digitalização dos processos operacionais é responsável pela gestão da manutenção na Organização e possibilita alterações automatizadas dos processos.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME os sistemas relacionados com as vendas?
As ligações entre clientes e parceiros são realizadas de forma adhoc.
Existem procedimentos formais para conectar clientes e parceiros sendo utilizados a pedido.
Alguns clientes e parceiros estratégicos tem os seus processos conectados com os da Organização.
A Organização tem uma orquestração de processos e encoraja os seus clientes e parceiros a participar.
A integração dos processos de clientes e parceiros com os processos interempresa da Organização pode ser realizada de forma automatizada.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME os sistemas relacionados com as compras?
As ligações entre fornecedores e parceiros são realizadas de forma adhoc.
Existem procedimentos formais para conectar fornecedores e parceiros sendo utilizados a pedido.
Alguns fornecedores e parceiros estratégicos tem os seus processos conectados com os da Organização.
A Organização tem uma orquestração de processos e encoraja os seus fornecedores e parceiros a participar.
A integração dos processos de fornecedores e parceiros com os processos interempresa da Organização pode ser realizada de forma automatizada.
4. PROCESSOS DE TOMADA DE DECISÕES
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à alocação de recursos?
As decisões de alocação de recursos são tomadas ao nível executivo, principalmente com base na experiência e no conhecimento.
A alocação de recursos começa a ser baseada em informação em algumas áreas da Organização.
Existe um processo de gestão de portfólio em todas as principais áreas da Organização, embora ainda não exista uma total integração.
Existe uma análise de portfólio integrada com capacidade de entender os impactos da afetação de recursos nas diferentes áreas da Organização.
A estratégia é entendida como um processo contínuo existindo a capacidade de ajustar continuamente as estratégias.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME à mitigação de riscos?
A análise de cenários de risco é feita de forma adhoc, sendo geralmente feita com recurso a folhas de cálculo.
Existem abordagens de gestão de riscos nas diferentes áreas da Organização, não existindo uma visão corporativa dos riscos.
Existe um sistema integrado de gestão de risco corporativo que possibilita a simulação de cenários de “what-if”
Existe uma análise de vulnerabilidades e de cenários de risco integrada com as estratégias de resposta aos riscos, em particular a sua mitigação.
Existe uma análise contínua e automatizada de cenários de risco que permite análises preditivas e recomendações cognitivas.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME em relação aos planos de otimização?
Os planos de vendas e de operações são realizados usando folhas de cálculo estando a informação dispersa, pouco disponível e imprecisa.
Algumas unidades operacionais têm um processo de planeamento que pode otimizar a satisfação de pedidos e os custos relacionados.
Existe um modelo corporativo para planeamento e os modelos de otimização de orçamentos usam as previsões de procura precisas.
A Organização é capaz de produzir um plano de negócios integrado tendo em consideração as implicações financeiras das decisões de planeamento.
O planeamento do negócio é um processo contínuo com capacidade de sugerir ações baseadas em análises cognitivas.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME ao situational awareness (consciência)?
As decisões ao nível operacional são feitas com dados isolados e de forma adhoc.
A tomada de decisão é em grande parte reativa, mas existe um conhecimento e entendimento das interdependências operacionais.
A Organização consegue avaliar as implicações das decisões operacionais com alguma precisão.
A tomada de decisão permanece reativa, mas as ações corretivas são baseadas em análise de causa efeito.
Existem capacidade de previsão que permitem respostas mais rápida. As ações corretivas são sugeridas com base em análises cognitivas.
5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME às tecnologias operacionais?
A gestão das Tecnologias Operacionais é realizada de forma adhoc em cada área operacional.
As Tecnologias Operacionais são geridas ao nível local, existindo mecanismos informais para partilha de boas práticas.
Existe um Gabinete de Gestão de Programas (PMO) responsável pela gestão de um repositório central de boas práticas.
O Gabinete de Gestão de Programas (PMO) é composto por especialistas que coordenam todo o investimento em Tecnologias Operacionais.
Existe um grupo independente responsável pela coordenação os investimentos em iniciativas dos programas e estratégias de transformação digital.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve a abordagem da PME às tecnologias de informação?
As TI corporativas são maioritariamente focadas nos processos internos (ex. área financeira, recursos humanos).
As áreas responsáveis pelas TI corporativas procuram envolver as áreas de negócio no financiamento de alguns projetos, sendo o alinhamento o negócio e as TI corporativas feito de forma adhoc.
Existem algumas sinergias de partilha de Informação entre as áreas de Tecnologias de Informação e Tecnologias Operacionais
Existe uma coordenação entre as áreas de Tecnologias de Informação e Tecnologias Operacionais, existindo Informação e Tecnologias partilhadas.
As boas práticas de gestão da Informação e as plataformas digitais são partilhadas pelas áreas de Tecnologias de Informação e Tecnologias Operacionais.
Qual das seguintes afirmações melhor descreve as áreas operacionais da PME?
As áreas de negócio têm pouca participação nas decisões relacionadas com as TI corporativas. Os investimentos realizados pelas áreas de negócio são entendidos como “shadow IT”.
As áreas de negócio participam nas decisões relacionadas com as TI corporativas e podem dirigir projetos relacionados com as TI. Existe algum “shadow IT”.
As áreas de negócio assumem um papel mais ativo na seleção e no financiamento das TI corporativas. O “shadow IT” é reduzido.
As áreas de negócio apoiam o investimento em ferramentas analíticas que as apoiam a tomar melhores decisões.
As áreas de negócio estão orientadas à criação de valor entendendo das Tecnologias e Informação como elementos fundamentais para o sucesso da Organização.
Após o seu preenchimento as empresas receberam um email com as respostas, bem como um relatório de avaliação do seu estado de maturidade, com algumas considerações gerais para elevar o nível de maturidade para a Transformação Digital da Empresa.
Em anexo ao presente relatório apresenta-se um exemplo do relatório recebido: Anexo I_1.2-Exemplo de relatório de avaliação DTx.pdf
Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência possível o visitante. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando retorna ao nosso site e ajudar a nossa equipa a entender quais as secções do site considera mais interessantes e úteis.
Pode ajustar todas as configurações de cookies navegando pelas guias no lado esquerdo.
Cookies estritamente necessários
Os Cookies estritamente necessários devem estar sempre ativados para que possamos salvar suas preferências para configurações de cookies.
Se desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que todas as vezes que visitar este site, será necessário ativar ou desativar os cookies novamente.
Cookies de terceiros
Este site usa o Google Analytics para recolher informações anónimas, como o número de visitantes do site e as páginas mais populares.
Manter este cookie ativo ajuda-nos a melhorar nosso site.
Por favor, habilite os cookies estritamente necessários primeiro para que possamos salvar suas preferências!